segunda-feira, 26 de abril de 2010

A feminilidade e a sensualidade


Parece-me que os conceitos sobre “feminilidade” e “sensualidade” estão se misturando de tal forma em nossa sociedade, que as pessoas encontram dificuldades para diferenciá-las. Fui pesquisar em primeiro lugar como estão definidos no dicionário Aurélio e encontrei o seguinte:

Feminilidade = s.f. Qualidade, caráter, modo de ser, de viver, de pensar, próprio da mulher.

Sensualidade = s.f. Propriedade do que é sensual. / Inclinação pelos prazeres dos sentidos; amor das coisas ou qualidades sensíveis.

Sensual = adj. Relativo aos sentidos. / Que satisfaz os sentidos: prazeres sensuais.


A partir dessas definições, convido você para refletir comigo.


Gosto muito da definição dada pela Igreja sobre a sexualidade humana de acordo com o Conselho Pontifício para a Família: "Sexualidade humana: verdade e significado". Peço que leia com bastante atenção como a instituição criada por Cristo a vê: Há que salientar a importância e o sentido da diferença dos sexos como realidade profundamente inscrita no homem e na mulher: «a sexualidade caracteriza o homem e a mulher, não apenas no plano físico, mas também no psicológico e espiritual, marcando todas as suas expressões». Isto é, não se pode reduzir a sexualidade a um puro e insignificante dado biológico, mas, como nos diz a Igreja é «uma componente fundamental da personalidade, na sua maneira de ser, de se manifestar, de comunicar com os outros, de sentir, exprimir e viver o amor humano».


É importante entender que a resposta sexual não se limita ao comportamento sexual, mas a toda forma de sentir, pensar e desejar. Sexualidade envolve o homem total. Faz parte da constituição essencial da pessoa humana e é algo determinante, porque é a partir da sexualidade que nos relacionamos com o mundo.


Homens e mulheres pensam de forma diferente, agem de forma diferente, sentem de forma diferente. E como diz diácono Nelsinho Corrêa: “Diferenças não são barreiras, são riquezas”. E isso é plena verdade. Homens e mulheres são diferentes porque são complementares, um não é melhor do que o outro. Homens e mulheres devem ser iguais no direito à oportunidade de desenvolver plenamente sua potencialidade, mas, definitivamente, não são idênticos na sua capacidade inata.


Ao mesmo tempo que a sexualidade é parte constitutiva da nossa essência, não se trata de algo pronto, mas que, como tudo em nós, precisa ser desenvolvido até o último dia de nossas vidas.


Quero falar especialmente para as mulheres e fazer-lhes um convite: não tenhamos medo de assumir a nossa essência, sendo cada dia mais femininas. Não gastem energia querendo e buscando ser melhores do que os homens, querendo e buscando provar o seu valor. Somos diferentes e cada um de nós tem valor e dignidade própria pelo simples fato de termos sido criados à imagem e semelhança de Deus. Ser mulher é dom, é graça.


Uma coisa, no entanto, temos que entender: ser feminina e ser sensual são coisas distintas. Na sensualidade existe um contexto biológico. Especialmente no período fértil, nos sentimos mais bonitas, sentimos vontade de nos vestir e de nos arrumar melhor, e assim por diante. São reações hormonais que têm como objetivo a procriação, então, o corpo se prepara para conquistar o homem por estar pronto para gerar uma vida. Muitas vezes, agimos assim sem nos dar conta disso. Além disso, a nossa sociedade, que tanto banaliza a sexualidade humana, incentiva por todos os meios possíveis a sensualidade, e nisso há uma imensa indústria que visa apenas o lucro. Posso citar também o fato de que todo ser humano traz dentro de si um impulso natural para o prazer, e a sensualidade gera na mulher uma elevação na autoestima, a faz sentir-se mais bonita, mais “poderosa”.


Por isso apresentei no início a visão da Igreja, para que possamos refletir sobre esse aspecto. Sexualidade não é algo apenas biológico, é bem mais do que isso. Quando nos deixamos levar por uma sexualidade sem sentido, como algo apenas biológico, o resultado quase sempre é o vazio. E a pessoa, geralmente, se torna prisioneira da sensualidade por uma necessidade de afirmação pessoal e, assim, o vazio tende a só aumentar.


É próprio da mulher o querer andar bem vestida, bem arrumada. Ser cristã não significa vestir-se de forma desleixada, por exemplo. Mas é ter consciência de que a verdadeira beleza vem do nosso interior. É ter consciência do nosso valor e dignidade de filhas de Deus e não nos deixar levar unicamente pelos sentidos, por nosso instinto sexual. Somos bem mais do que isso. Ser feminina não significa andar com roupas extremamente curtas, justas ou coisas semelhantes. Quanto mais o nosso exterior for um extravasamento do nosso interior, tanto mais bonitas e femininas seremos.


Com isso não estou negando a sexualidade nem a colocando como algo negativo, proibido. A nossa sexualidade faz parte do nosso ser, mas não somos apenas sexo. Nossa sexualidade, quando é vivida com dignidade, nos faz sentir plenos, completos, realizados.


O se deixar guiar e conduzir pela sensualidade, reflete, na maioria das vezes, a necessidade de afirmação pessoal, por um desconhecimento da beleza interior e até mesmo exterior que se tem. Muitas vezes, nos deixamos impregnar por uma imagem ideal: a transmitida pela mídia, mas que é uma beleza estereotipada, vazia.


Concluo reforçando o convite para todas as mulheres: não tenham medo de assumir a sua essência, e assim, ser cada dia mais femininas. Valorizem o dom que é ser mulher. Deixem fluir a beleza interior que vocês têm.



Meninas que sejamos dóceis a essa palavras, que possamos ter a graça da feminilidade como nossa mãezinha, como Nossa Senhora, que nos demonstra paz, feminilidade, obediência.

Deus abençoe todas vcs!!!

Andréa Amorim

P.S: Texto retirado do site da Canção Nova

sexta-feira, 2 de abril de 2010

O Mistério da Cruz


Hoje vivemos a lembrança da paixão de Cristo, onde Jesus foi crucificado, deu a sua vida para salvar nossos pecados.
Fazendo uma equiparação dessa crucificação com cada um de nós, filhos de Deus como Jesus, podemos notar quanto a dificuldade de se encarar a cruz, temos essa repelia empregnada em nós, de só querer a felicidade, o mundo nos prega hoje a felicidade momentânea, seja ela na bebida, no sexo desregrado, prega dizendo “ bonzinho só se ferra” diz que até Jesus não suportou a morte na cruz, e ainda por cima estão tentando nos calar, nos provocar a cada vez que enfrentamos momentos de tribulações, nos chamando a tentação do mundo fácil, ágil e rápido, passageiro, com o lema “ Seja feliz agora”.Tudo isso ocorre pelo fato de não encararmos a realidade que Deus nos fez, e ele colocou muito claro o ensinamento que nós fechamos os olhos para ele, a maior lição que o Senhor nos deu foi exatamente a CRUZ, porque o Senhor é tão perfeito que colocou seu próprio filho em carne, no mistério humano para nos ensinar através de suas escrituras, mas acima de tudo através do amor, o amor gratuito, onde ele pode se doar por amor a nós para salvar nossos pecados, passou o momento da agonia, aflição, sentiu todos os sentimentos humanos, da traição de Judas, do abandono dos Apóstolos para perceber que os humanos falham e que fiel mesmo é o Senhor.
Através da cruz podemos ser restaurados, através dela podemos nos abrir aos ensinamentos do Pai, é através da Cruz que podemos suportar tantas situações no nosso dia a dia, relacionamentos com os irmãos, é olhar para o irmão e enxergar Jesus Crucificado em cada defeito dele, cada vez que pensarmos em desistir do mesmo é enxergar a face sangrando de Jesus nele, é se doar por amor a cada situação de cruz, pois ela nos edificará, não esquecendo que toda situação de cruz, após virá a redenção, passará pelo calvário, pelo sofrimento, sacrifício mas no final quem reina é aquele que já nos deu a Vitória, o SENHOR.
Que hoje possamos fazer a reflexão de quais momentos de calvário estamos vivendo, de qual irmão que você precisa olhar com misericórdia, olhar o Jesus Crucificado nele, peçamos ao Senhor a graça de viver esses momentos com olhar de edificação, sem a murmuração, com a certeza que em todas as situações seremos mais que vencedores, pois a maior vitória já nos foi dada.

Deus abençoe

Andréa Amorim